
A pandemia escancarou uma verdade incômoda: líderes, gestores e CEOs também sofrem — e nem sempre têm com quem dividir o peso das grandes decisões. Pesquisas recentes divulgadas globalmente mostraram que cerca de 78% dos executivos relataram algum impacto negativo relevante na saúde mental durante o auge da crise. Ansiedade, insônia, medo do fracasso, sensação de solidão e exaustão apareceram como sintomas recorrentes no topo das organizações.
Relatos reais, desafios brutais
“Quando precisei comunicar o fechamento de uma filial, mal consegui dormir por dias. Não havia espaço para mostrar vulnerabilidade em público, mas eu estava perto do meu limite,” contou-me um presidente de multinacional.
Outro CEO compartilhou: “No Zoom eu sorria para todos, transmitia confiança, mas bastava desligar a câmera para o cansaço e a preocupação me dominarem.”
Barreiras invisíveis separavam esses profissionais de sua equipe, família e, muitas vezes, deles mesmos. Só o autocontrole não bastava mais: era preciso romper o silêncio e buscar ajuda qualificada.
O papel do acompanhamento psicanalítico
Foi nesse contexto que a psicanálise mostrou seu valor estratégico para o universo executivo. Ao oferecer um espaço seguro para reflexão, escuta e autoconhecimento, proporcionou aos líderes:
- Clareza nas tomadas de decisão (mesmo sob altíssima pressão e incerteza);
- Redução significativa dos sintomas de ansiedade e do desgaste emocional;
- Desenvolvimento de autopercepção, freando impulsos destrutivos e escolhas precipitadas;
- Reforço das competências socioemocionais — empatia, escuta, autorregulação.
Em muitos casos, o acompanhamento psicanalítico fez a diferença entre “apenas sobreviver” e realmente liderar a transformação do negócio, da cultura e até de si mesmo.
A saúde mental do C-Suite importa — e precisa de atenção especializada
Quebrar o tabu e buscar suporte tornou-se não só legítimo, mas uma verdadeira vantagem competitiva. Organizações que investiram na saúde emocional de seus líderes sentiram reflexos positivos na performance, engajamento de times e resultados sustentáveis.
Reflexão para hoje:
O executivo do futuro é aquele que aprende a cuidar do invisível: emoções, crenças e medos — próprios e de sua equipe.
Se você ocupa uma posição de liderança, lembre-se: pedir ajuda não é fraqueza. Pelo contrário, é sinal de inteligência emocional e coragem para sustentar seu legado.
A saúde mental no topo é prioridade — e um diferencial que todos perceberão.