O “novo normal” impôs mudanças radicais para líderes e executivos em todo o mundo. O escritório físico — outrora símbolo de controle, proximidade e comunicação rápida — foi subitamente substituído pelo home office. E, com ele, vieram desafios completamente novos.

O impacto do home office:
Casos que acompanhei mostraram desde profissionais que ganharam mais flexibilidade e inspiração, até equipes que enfrentaram isolamento, dificuldades com autogerenciamento e perda de engajamento. Um CEO confidenciou: “Para muitos diretores, a produtividade despencou porque a sensação de equipe se perdeu no distanciamento.” Por outro lado, um diretor de RH relatou: “Alguns colaboradores floresceram, tornando-se mais autônomos do que nunca.”

Reinvenção da cultura corporativa:
A cultura das empresas teve de se transformar rapidamente, saindo do presencial para o virtual, com novas regras, rituais e ferramentas. Líderes precisaram ser ainda mais intencionais para manter proximidade, valores e senso de pertencimento.

O novo desafio de liderar à distância:
Manter equipes motivadas sem os encontros diários exigiu empatia, clareza de objetivos, flexibilidade e, sobretudo, comunicação constante. Descobrimos que feedbacks semanais, encontros informais online e celebrações virtuais eram essenciais para sustentar o moral do grupo.


Como líderes podem se fortalecer nesse contexto?

  • Invista no autoconhecimento e suporte emocional: Buscar psicanálise e espaços de escuta é essencial para sustentar seu próprio equilíbrio.
  • Seja intencional na comunicação: Marque encontros regulares, dê retornos, ouça ativo e esteja aberto às necessidades dos colaboradores.
  • Promova pequenas vitórias diárias: Celebre entregas, reconheça esforços, crie desafios saudáveis e compartilhe conquistas.
  • Reinvente a proximidade: Use vídeos, grupos de discussão e momentos de descontração online para criar coesão.
  • Flexibilidade é palavra-chave: Estimule a autonomia e respeite limites individuais. Lembre-se: cada colaborador vive uma realidade distinta.

Reflexão para o agora:
As sequelas emocionais da pandemia ainda circulam nos bastidores das reuniões de diretoria. O medo do futuro, a sensação de esgotamento e o desafio de conciliar vida e trabalho ainda exigem líderes emocionalmente estruturados.

E você, como tem lidado com as consequências desse período de mudanças?
Convido a compartilhar sua experiência ou agendar uma conversa para discutir como a psicanálise pode ajudar líderes a superar, crescer e reinventar seus próprios limites no novo cenário do trabalho.

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